09/10/10

Kestutis Kasparavicius

Nasceu na Lituânia em 2 de Junho de 1954.

As suas obras realizadas em aguarela são dedicadas ao universo infantil e estão editadas em cerca de 40 livros, em diversos países do mundo.

O 1º Livro





















Este foi provavelmente o primeiro livro que me veio parar aos meus sentidos...











Talvez ele, faça parte da paixão que tenho até hoje por tudo o que ilustra, personifica, conta uma história...

E, de todo o imaginário para onde sou transportada até aos dias de hoje, recorrendo quase que obsessivamente aos ilustradores de todos os tempos.

03/10/10

Outono


Gosto de ver o Outono a chegar

Transfere com muita subtileza os azuis à natureza

O ouro ao campo

A azáfama das colheitas

O Verão a hibernar

02/10/10

Regresso


Regresso às fragas de onde me roubaram.

Ah! Minha serra, dura infância!

Com os rijos carvalhos me acenaram,

Mal eu surgi, cansado na distância!



Cantava cada fonte à sua porta:

O poeta voltou!

Atrás ia ficando a terra morta

Dos versos que o desterro esfarelou.



Depois o céu abriu-se num sorriso,

E eu deitei-me no colo dos penedos

A contar aventuras e segredos

Aos deuses do meu velho paraíso.



Miguel Torga

21/12/09

Se eu fosse eu...


Se eu fosse eu...

Se eu fosse eu...se eu pudesse mesmo ser eu... o corpo seria árvore,longos braços ramos robustos e as mãos sempre em flor... o olhar nunca se perderia nem se baixaria porque destemido em busca dos sonhos pendurados pelos bicos dos pássaros,que secretamente poisariam nas palpebras irrequietas... Teria veias de papel.Em branco.Às cores.Translúcidas.Lisas de dignidade,feitas de quotidiano que de repente vem à memória e...tem que ser escrito de imediato... Nunca teria pressa.Deixaria as horas serem poemas a cravarem-se-me na pele:o tempo a demorar e a ser soneto d'amor... Talvez mudasse de lugar várias vezes,talvez abarcasse essa alma cigana,que ninguém segura;talvez criasse raízes e fosse sangue a ferver na terra que fizesse minha,ou talvez me arrancasse da terra para sorver o sol,o sal... Poderia ter um nome...não seria importante. Poderia guardar muitos segredos.Lançá-los à luz para se decifrarem a si mesmos...poderia sentar-me à beira-mar,colher o azul e guardá-lo para espalhá-lo quando os dias se tornam cinzentos... Se eu fosse eu...queria ser uma lição de ternura e ter a coragem de a ensinar ao mundo que me tem presa.


Texto da minha Amiga Lindíssima, Cinda Duartehttp://www.hi5.com/friend/profile/displayJournal.do?ownerId=186296251 Obrigada por isto e por tudo, CEREJINHA A BALOIÇAR:)